Você pergunta: Em minha análise sobre o dilúvio, percebo que o dilúvio foi somente ali no local que Noé morava e proximidades, pois seria impossível um dilúvio que atingisse toda a terra. Não haveria como salvar animais da terra inteira na arca. O que me diz dessa teoria?
Caro leitor, as teorias que são estudadas sobre esses acontecimentos grandiosos que Deus estabeleceu na terra devem ser estudadas com muito cuidado, pois nem sempre o que a “lógica” pensa é o que de fato ocorreu!
É por isso que vou explicar nesse estudo que o dilúvio foi global e não local como alguns pensam. O dilúvio atingiu toda a terra e podemos ver isso na própria bíblia e também em hipóteses muito interessantes sobre o que o dilúvio provocou no planeta e que nos trouxe ao que conhecemos hoje em dia.
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(1) O primeiro verso que fala a respeito do propósito de Deus em enviar um dilúvio e que já mostra um dilúvio global é este:
“Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito” (Gênesis 6:7).
Somente um dilúvio global poderia ter o alcance que Deus propõe aqui, de exterminar até mesmo as aves e répteis.
(2) Mas a sequência do anúncio começa a esclarecer ainda mais coisas, principalmente quando Deus revela seu plano de forma mais completa:
“Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra” (Gênesis 6:13).
Deus só conseguiria esse propósito com um dilúvio global, já que para destruir “toda carne”, com exceção, claro, dos animais e pessoas que Deus quis que se salvassem, Deus teria de causar uma inundação que atingisse todos os pontos da terra seca onde existia vida animal.
Isso não seria possível com um dilúvio apenas local, que alcançasse apenas até onde o homem conseguiu desbravar até aquele momento. Um dilúvio mais local atingiria todos os homens da época, mas não todos os animais.
(3) O verso 17 também vai nessa mesma direção, vejamos: “Porque estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em que há fôlego de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecerá” (Gênesis 6:17).
Observe que a narrativa do texto aponta para algo global, pois somente assim tudo poderia ser atingido como era o plano de Deus. Lembrando que nos versos seguintes (Gênesis 6:18-21) Deus apresenta o que seria salvo, ou seja, as exceções.
(4) Na continuidade do texto temos ainda mais evidências sobre o dilúvio global. Deus sempre deixa claro em suas comunicações a extensão do dilúvio que vai derramar.
“Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites; e da superfície da terra exterminarei todos os seres que fiz” (Gênesis 7:4).
Uma parte da descrição do dilúvio que acho mais impressionante é a que mostra a grandeza da inundação que ocorreu:
“Prevaleceram as águas excessivamente sobre a terra e cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu” (Gênesis 7:19).
Aqui fica muito claro um dilúvio global, que foi capaz de cobrir todos os mais altos montes “debaixo do céu”, ou seja, sobre toda a terra. Ninguém poderia dar essa informação a Noé a não ser o próprio Deus.
(5) Em mais um verso da descrição, vemos o seguinte: “Tudo o que tinha fôlego de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu” (Gênesis 7:22).
É evidente que dos animais aquáticos, muitos deles sobreviveram e não precisavam ir dentro de uma arca, aliás, grande parte das espécies do mundo são aquáticas.
Mas note como o texto deixa claro o alcance das mortes “em terra seca”, o que sugere também uma inundação global, capaz de atingir todos os animais em terra seca.
Importante: Se o dilúvio fosse local, não precisaria de uma arca para salvar os animais da terra! Pois todas as espécies de onde não choveu estariam salvas. O que parece uma ideia contrária ao que a Bíblia ensina. Isso mostra um dilúvio global!
Esses são argumentos bíblicos suficientes para entendermos que o dilúvio foi global, porém, além deles, estudiosos de nossos tempos já entendem essa realidade até mesmo para explicar a formação dos continentes como os conhecemos hoje.
(6) Nos tempos do dilúvio possivelmente a terra era formada de uma única porção seca totalmente interligada. Ela é chamada de pangeia.
A grande pressão que as águas do dilúvio realizaram na superfície da terra deram um “start” na movimentação da terra (ali nas placas tectônicas), que durante centenas de anos se movimentou com essa energia, formando o que temos hoje em dia, os continentes separados.
Note que na separação dos continentes existe um desenho de encaixe que sugere que já foram unidos em algum momento que, possivelmente, foi antes do dilúvio.
Esse é um tema bem interessante e longo. Se você se interessa em saber mais dele, indico os livros e também o canal do professor Adauto Lourenço, que é um cientista cristão que faz um trabalho brilhante nessa área de estudo!