Você Pergunta: Jesus falou aos discípulos que quem crer Nele e for batizado será salvo. Isso está em Marcos 16:16. Mas o que acontece em um caso onde a pessoa creu em Jesus, mas não quer se batizar, nesse caso, essa pessoa perde a salvação? Ou acontece outra coisa com ela? Pode me ajudar a entender?
Caro leitor, a ordem de Jesus registrada em Marcos é bastante clara: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Marcos 16:16).
E isso foi muito bem compreendido pelos apóstolos, pois é exatamente o que acontece quando existem conversões verdadeiras. As pessoas são encaminhadas ao batismo:
“Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (Atos 2:41).
Inclusive, o apóstolo Paulo, que veio depois, também seguiu essa mesma ordem, pregando e batizando os que creram. Veja o caso do carcereiro e dos que estavam com ele em casa:
“Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus” (Atos 16:33).
Então, o que entendemos é que a regra geral para um crente é que ele creia em Jesus e busque o batismo. Não existe um tempo estipulado para isso, mas ele deve se preparar, buscar e se batizar.
O que está fora da regra são exceções e exceções devem ser analisadas dentro de seus contextos para que se faça uma análise justa e bíblica. Vamos pensar em alguns casos abaixo e o que a Bíblia diz sobre eles.
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Para entender essa exceção precisamos entender que o batismo não é um fator fundamental para a salvação (se batizar é uma obra que realizamos). Paulo explica como a salvação funciona e ela não é por obras:
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).
Então, compreendemos que dentro dessa exceção, se o batismo não foi possível realmente por um motivo justo diante de Deus, a pessoa é salva normalmente.
Um exemplo clássico dessa exceção é o ladrão crucificado ao lado de Jesus, que foi perdoado e salvo sem poder exercer a espiritualidade de forma plena, pois morreu sem poder descer da cruz:
“Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43).
Essa é uma exceção estranha, pois qual seria o motivo de não querer se batizar? Penso que nesse caso, temos duas possibilidades:
Na primeira pode ser que a pessoa não entendeu o batismo. Precisa ser instruída a respeito dele. Então, seria uma dúvida sincera. Logo, Deus compreende isso e essa pessoa precisa ser ensinada.
Depois que for ensinada sobre o tema, se ainda permanecer no erro, aí podemos ter desconfiança se houve ali uma conversão verdadeira.
No segundo caso, podemos ter o caso de alguém não querer se batizar sem um motivo justo e verdadeiro. Sendo assim, essa pessoa, creio eu, está no grupo dos convencidos e não dos convertidos. E se não for convertida de verdade, então, não é salva. Se morrer estará perdida!
Temos de lembrar as palavras de Jesus: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lucas 6:46). Sendo o batismo uma ordem de Jesus deve ser feito enquanto existe vida!
Esse é um caso parecido com o primeiro que examinamos. E a situação aqui é bem parecida quanto ao que ocorre. A pessoa, nesse caso, já é salva.
Se ela não teve oportunidade de ter vida até o momento em que iria ser batizada, isso não trará nenhum prejuízo a ela.
Como já mencionei, a salvação não é por obras, logo, não conseguir se batizar por motivo justo (como morrer antes), não altera a obra que Deus fez na vida dessa pessoa.
Poderíamos desenhar aqui diversos cenários possíveis que podem ser exceções a esse caso. O que temos de pensar é que Deus conhece cada coração, sabe quem são os salvos e os conduzirá. Nenhum dos eleitos de Deus se perderá, nenhuma acusação ficará de pé contra os escolhidos do Senhor, pois Ele é quem os justifica:
“Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Romanos 8:33).
Isso nos leva a entender que Deus conduzirá Seus escolhidos ao batismo e nos casos de exceção justa, esses escolhidos serão perdoados diante do Deus vivo, que os justifica por causa do Cristo que morreu no lugar deles.