João Evangelista foi um dos 12 apóstolos de Jesus. Seu pai se chamava Zebedeu e sua mãe Salomé. Se tornou discípulo junto com seu irmão Tiago, ambos foram chamados por Jesus quando preparavam a rede de pesca do seu pai (Mateus 4:21-22).
O nome João Evangelista se deu por causa da autoria do quarto evangelho, o Evangelho segundo João. O apóstolo também escreveu três cartas (João 1,2 e 3) e o livro do Apocalipse. João era o mais jovem de todos os apóstolos.
Curiosamente seu próprio nome não está explícito no Evangelho que escreveu, mas ele faz duas referências a si mesmo como “o discípulo a quem Jesus amava” (João 13:23 e João 21:20).
Foi o único apóstolo que acompanhou Cristo até a sua crucificação. Segundo a tradição, foi o único apóstolo que morreu de causas naturais.
João e Jesus
João é conhecido como o discípulo a quem Jesus amava. Foi destacado por Jesus entre os discípulos, assim como seu irmão Tiago e Pedro. Os três conviveriam intensamente com Jesus e testemunharam suas principais maravilhas.
Saiba mais: Quem foram os 12 Apóstolos?
O trio foi testemunha da transfiguração de Jesus (Lucas 9:28), mantendo segredo até a sua ressurreição. Os três acompanharam Jesus no Getsêmani, local onde o Messias orou antes de ser traído (Marcos 14:32-33).
A ligação de João Evangelista com Jesus era muito forte, tanto que foi o único discípulo que se arriscou a acompanhar Cristo até a sua crucificação. No caminho da cruz, Cristo, ao vê-lo, deu-lhe a responsabilidade de cuidar de Maria, mãe de Jesus (João 19:26-27).
Depois da ascensão de Jesus e de receberem o Espírito Santo, João e Pedro pregaram com muita autoridade e foram peças fundamentais na formação da igreja. A pregação de João e Pedro perante o conselho judaico resultou na conversão de cinco mil homens (Atos dos Apóstolos 4:1-4). Todo este mover pode ser constatado no livro de Atos do Apóstolos.
Veja: Quem escreveu o Livro de Atos dos Apóstolos?
João, o Apóstolo do Amor
João também é popularmente conhecido como o Apóstolo do Amor. Essa característica se dá devido a suas cartas conterem uma insistente abordagem a respeito do amor de Deus, valendo destacar o trecho de 1 João 4: 7-21.
Apesar do apóstolo ser relacionado ao amor, João e seu irmão Tiago foram apelidados por Jesus de Boanerges, que significa “filhos do trovão” (Marcos 3:17). Um apontamento de quão enérgicos e ávidos pela verdade os irmãos eram.
Este temperamento explosivo fica claro quando João e Tiago, ao perceberem a rejeição dos samaritanos, perguntaram a Jesus se poderiam destruí-los fazendo cair fogo do céu (Lucas 9:54).
Ao acompanhar toda a sua trajetória descrita nos evangelhos e nas três cartas, percebemos que João aprendeu a amar ao perceber o quanto Jesus o amava. Em cada momento com Cristo seu coração fora moldado. E de “filho do trovão” se tornou o “discípulo amado”.
Veja: Quem foi o discípulo amado?
Exílio e Morte
Além de ter a alcunha de ‘João o Evangelista’, o ‘Apóstolo do Amor’ e o ‘discípulo a quem Jesus amava’, tudo indica que João de Patmos é realmente o Apóstolo João.
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Após a destruição de Jerusalém, João começou a ministrar em Éfeso. Foi capturado, levado a Roma e por ordens do Imperador Domiciano foi enviado para a Ilha de Patmos. Foi durante o exílio de nesta pequena ilhota do leste do mar Egeu que João recebeu a revelação do Apocalipse, o que vai de encontro com Apocalipse 1:1-2.
A Bíblia não relata sobre a morte de João. Segundo uma tradição antiga, após a morte de Domiciano, João retornou a Éfeso onde permaneceu até falecer de morte natural no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos, idade incomum para época em que vivia.