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Você Pergunta: Em Gênesis, quando temos a narrativa da destruição da cidades de Sodoma e Gomorra, observamos que é citado ali que Ló tinha filhas virgens, no entanto, também é citado que Ló tinha genros. Como ele poderia ter genros e as filhas ainda ser virgens? Poderia me ajudar a entender essa aparente contradição no texto bíblico?

Caro leitor, com uma análise de como as coisas funcionavam na cultura dessas pessoas mencionadas nessa parte de Gênesis, bem como do texto e contexto, nos ajudará a eliminar essa dúvida, essa aparente contradição de forma certeira. Vamos lá?

As filhas de Ló eram virgens mesmo tendo marido?

(1) A primeira coisa a avaliar é que realmente as filhas de Ló são mencionadas como sendo virgens, na ocasião em que ocorre o ataque dos homens de Sodoma, que queriam aqueles visitantes (os dois anjos) para abusar deles. Ló naquela ocasião oferece suas filhas a eles: “tenho duas filhas, virgens, eu vo-las trarei; tratai-as como vos parecer, porém nada façais a estes homens, porquanto se acham sob a proteção de meu teto” (Gênesis 19:8). Mais à frente, após a intervenção dos anjos e a pressa para que todos saíssem dali, entram na história os genros de Ló, que não quiserem sair da cidade com ele: “Então, saiu Ló e falou a seus genros, aos que estavam para casar com suas filhas e disse: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o SENHOR há de destruir a cidade. Acharam, porém, que ele gracejava com eles” (Gênesis 19:14). Vamos então às explicações para compreendermos como era possível que tivesse genros mesmo com as filhas virgens:

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(2) Nessa cultura as moças deveriam casar virgens, essa era uma regra geral. Mas não existia o namoro como temos hoje em dia em nossos tempos. As moças eram prometidas a rapazes pelas famílias, através de acordos entre elas. Geralmente essas promessas de casamento eram feitas quando o rapaz e a moça ainda eram bem jovens e o casamento era marcado para o futuro. Nesse meio tempo, entre a promessa de casamento e a data do casamento em si, os dois estavam comprometidos um com o outro, porém, não podiam ter relações sexuais. Era uma promessa de casamento.

(3) Para a família e para a sociedade, porém, esse casal que estava à espera do casamento futuro, prometidos um ao outro, eram considerados como que “casados”, mas não ainda oficialmente. Não viviam juntos, apenas existia o conhecimento de que um estava prometido ao outro. Podemos lembrar aqui o caso de Maria, que estava “desposada” com José (Mateus 1:18), ou seja, tinham um tipo de contrato, um acordo de casamento, mas o casamento ainda não havia ocorrido. Observe que mesmo sem o casamento ainda ter acontecido José é chamado de esposo de Maria, mesmo não havendo ainda o casamento oficial entre eles: “Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente” (Mateus 1:19). Isso mostra o profundo e sério nível desse acordo de casamento diante de todos.

(4) Ditas todas essas coisas, então, conseguimos entender de forma clara porque os genros de Ló são chamados de genros, mesmo as filhas ainda sendo virgens, ou seja, ainda não eram casados oficialmente, mas estavam prometidos, por isso, eram já considerados como se fossem já da família, como sendo esposos delas. Eram genros de Ló, mas as filhas (virgens) e eles aguardavam ainda o dia futuro do casamento, a partir do qual poderiam ter relações sexuais como marido e mulher.

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