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A Bíblia não é um livro científico, ela usa muita linguagem simbólica. Os poucos fenômenos científicos de que a Bíblia fala servem apenas para ilustrar verdades maiores sobre Deus, não pretendem ser descrições exatas e completas desses fenômenos. A Bíblia assume que o leitor consegue fazer a distinção entre linguagem figurativa e linguagem literal.

Gênesis 1:14-18 conta que Deus criou o sol, a lua e as estrelas, mas não diz que giram todos à volta da terra. Apenas diz que estão no céu. Esse céu é o espaço, não nossa atmosfera.

A Bíblia também não diz que a terra é o centro do universo. Para provar que a Bíblia diz que a terra é o centro do universo, algumas pessoas utilizam certas passagens fora de contexto:

  • Salmos 93:1 diz que a terra está firme e não se abala – essa expressão é usada muitas vezes na Bíblia para ilustrar o poder e a provisão de Deus. Deus protege a terra da destruição. Noutras passagens, a terra sendo abalada refere-se a terremotos, não ao movimento natural de rotação da terra.
  • Eclesiastes 1:5 diz que o sol se move no céu – o texto fala da nossa perspectiva cá na terra. O que nós vemos parece ser o sol a mover. Tal como não tomamos a expressão “nascer do sol” literalmente como o nascimento do bebê sol, também não devemos levar esse texto como uma afirmação científica.

Devemos sempre ter cuidado com a interpretação científica da Bíblia. O objetivo da Bíblia não é ser um manual de ciências, mas um livro sobre Deus e Sua relação conosco. Ela fala sobre coisas naturais que todos podem observar, mas sempre apontando para Deus.

Veja também: o que é o terceiro céu? Quantos céus existem na Bíblia?

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