O vaso de alabastro – ou frasco de alabastro – era uma espécie de recipiente para armazenar óleos, essências e perfumes. Por armazenar um material de valor, os vasos de alabastro eram objetos bem elaborados para a época.
Essa espécie de cerâmica antiga era selada para conservar as propriedades do perfume ou óleo. O nome alabastro tem sua origem na Grécia – alábastros – onde esta peça era muito comum, com formas alongadas, sem alças e adornada com desenhos.
Existiam vasos de alabastro de diversas formas e tamanhos. Eram produzidos em diversos materiais como gesso, mármore, cerâmica, vidro e onix. No Novo Testamento temos pelo menos três passagens onde o vaso de alabastro nos chama a atenção:
O frasco de alabastro: mulher pecadora
A primeira passagem se encontra no Evangelho de Lucas 7, onde Jesus é ungido por uma mulher – identificada como pecadora – na casa de um fariseu (Lucas 7:36-37).
Ela se coloca atrás de Jesus, lava seus pés com suas lagrimas e enxuga com o cabelo. Ao fim, unge os pés de Jesus com um perfume do frasco de alabastro (Lucas 7:38).
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O frasco de alabastro: mulher em Betânia
A segunda passagem se encontra no Evangelho de Mateus 26 e Marcos 14, quando Jesus foi ungido por uma mulher em Betânia (Mateus 26:7).
A mulher se aproximou de Jesus e derramou um frasco de alabastro sobre a sua cabeça, ungindo-o. Por se tratar de um perfume perfume caro, os discípulos questionaram, argumentando que o valor de perfume poderia ser doado aos pobres (Mateus 26:8-9).
Jesus diz aos discípulos que ela o “preparou para o sepultamento” e destacou a sua boa ação. Por isso Jesus disse que ela seria lembrada aonde o evangelho fosse anunciado (Mateus 26:12-13).
Maria e o frasco de alabastro
Já a terceira passagem se encontra no Evangelho de João 12. Neste caso – que também se passa em Betânia – e não se trata da mesma mulher citada nos Evangelhos de Mateus e Marcos, João a identifica como Maria.
Enquanto todos estavam ceando, Maria pegou um frasco de nardo puro e derramou sobre os pés de Jesus (João 12:1-3). Judas Iscariotes questionou o ato de Maria dizendo que o perfume poderia ser vendido por 300 denários – curiosamente 10 vezes o valor em que Judas entregou Jesus – e doado aos pobres (João 12:4-6).
Jesus foi categórico respondendo: “Deixe-a em paz; que o guarde para o dia do meu sepultamento. Pois os pobres vocês sempre terão consigo, mas a mim vocês nem sempre terão”.
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Em todos os casos destacados o vaso de alabastro foi o recipiente utilizado para ungir Jesus.