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Você pergunta: estudando a carta de Paulo a Timóteo temos um conselho de Paulo para que ele rejeitasse as fábulas profanas e de velhas caducas. O que vem a ser isso exatamente? Temos condições de saber sobre o que especificamente Paulo está falando? Qual seria a aplicação desse conselho para nossos dias?

Caro leitor, para sabermos com maior detalhamento sobre essas fábulas profanas, precisamos observar um pouco o contexto, principalmente o que vem um pouco antes dessa sua citação de 1 Timóteo 4:7. Vamos juntos aprofundar nosso conhecimento:

O que são as fábulas profanas e de velhas caducas que Timóteo deveria rejeitar?

(1) Paulo começa o capítulo 4 de 1 Timóteo mostrando que nos últimos tempos muito abandonariam a fé por darem ouvidos a falsas doutrinas, ensinadas por falsos mestres, guiados pelos demônios (1 Timóteo 4:1-2). Esses infiltrariam ensinos falsos e proibições, proibindo até mesmo o casamento e ordenando a abstinência de alimentos (provavelmente pensando na ideia de que o sofrimento do corpo trouxesse alguma purificação para o espírito). Alimentos esses que não foram proibidos por Deus (1 Timóteo 4:3-5). Timóteo seria um bom pastor, segundo ensina Paulo, expondo a verdade sobre essas coisas, alimentando os irmãos com boa doutrina vinda do Senhor, demonstrando a verdade da Palavra de Deus (1 Timóteo 4:6).

(2) Mas não somente isso, deveria também rejeitar o que era falso. Aqui entra o verso de nosso estudo: “Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade” (1 Timóteo 4:7). Paulo sabe o grande estrago que ocorre em uma comunidade quando um líder (pastor) se desvia, quando fica confuso, quando não cuida de sua própria saúde espiritual, quando não tem firmeza daquilo que crê e ensina. Daí a importância desse conselho ao jovem pastor Timóteo. Deveria haver nele uma clara disposição para examinar e rejeitar tudo que não era o verdadeiro evangelho. Vamos agora entender sobre as fábulas profanas e as velhas caducas.

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(3) Paulo já falou sobre fábulas em 1 Timóteo 1:4. Fábulas são histórias fictícias, lendas, mitos que não tem nada a trazer de positivo para a fé, pois não tem base na sã doutrina ensinada por Cristo e replicada pelos Seus apóstolos. Pelo contrário, quando Paulo qualifica essas fábulas de “profanas” está falando que elas são “tolas e absurdas”, não trazendo qualquer coisa positiva à verdadeira doutrina de Deus. Paulo não traz detalhamentos sobre o tipo específico de fábulas, pois seus leitores certamente sabiam do que se tratava. Mas, certamente, havia nessas fábulas elementos judaicos e interpretações absurdas do Antigo Testamento, a julgar pelo contexto das cartas a Timóteo. A ordem é clara: Timóteo não deveria aceitar essa clara oposição à sã doutrina.

(4) Paulo ainda qualifica essas fábulas como “de velhas caducas”. Aqui temos um certo sarcasmo característico de Paulo. Ele rebaixa essas fábulas pregadas como um material que só poderia ser vindo e crido por gente supersticiosa que acredita em qualquer coisa, por mais absurda que seja. Velhas caducas era uma forma figurada de se tratar pessoas que acreditavam em qualquer coisa sem questionar, que tinham uma credulidade ilimitada, que não examinavam as matérias com profundidade, uma característica de pessoas idosas que, por algum motivo, perderam a sanidade. Paulo coloca as fábulas desses falsos mestres no patamar de coisas loucas, tolas, absurdas! Timóteo, em contraste com esse tipo de aceitação infantil de qualquer tipo de pensamento, deveria “exercitar-se, pessoalmente, na piedade”, ou seja, na verdadeira fé, sólida, com bases firmes. Temos aqui um excelente exemplo de como o líder deve cuidar de si mesmo para que possa cuidar de forma saudável das ovelhas do Senhor!

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