A parábola dos meninos na praça se encontra numa pequena parte do Evangelho de Mateus capítulo 11. Nela, Jesus exorta o povo a respeito do tratamento em que Ele e João Batista recebiam.
Cristo destacou a importância do profeta João Batista, que exortava o povo ao arrependimento e anunciava a sua vinda (Mateus 11:10-11).
Apesar do profeta fazer a vontade de Deus, os judeus esperavam por uma pessoa notória e de boa aparência. João Batista era desprezado pelo povo por ser uma pessoa de hábitos simples e humilde. (Mateus 11:7-9).
Depois desta exortação, Jesus fez uso da parábola. Leia abaixo o trecho completo:
16. “A que posso comparar esta geração? São como crianças que ficam sentadas nas praças e gritam umas às outras:
17. ” ‘Nós tocamos flauta, mas vocês não dançaram; cantamos um lamento, mas vocês não se entristeceram’.
18. Pois veio João, que jejua e não bebe vinho, e dizem: ‘Ele tem demônio’.
19. Veio o Filho do homem comendo e bebendo, e dizem: ‘Aí está um comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores’. Mas a sabedoria é comprovada pelas obras que a acompanham”.
Cristo compara os murmuradores como crianças que ficam pela praça brincando e gritando entre si (Mateus 11:16). Em poucas palavras, Jesus sinalizava o quanto o povo daquela época era imaturo e reativo.
O que Jesus quis dizer com a parábola dos meninos na praça?
Jesus quis dizer que aquela geração nunca estava satisfeita com nada, nem no lamento e nem na alegria. A simplicidade de João Batista e a benevolência do Filho de Deus eram criticadas da mesma maneira pelo o povo.
Quando Deus levantou um profeta para trazer a palavra de arrependimento (Lucas 3:7-9), este foi acusado de estar endemoniado. E quando Deus enviou o Messias – anunciado pelo profeta (João 1:29-31) – o povo criticou dizendo ser um ‘comilão e beberrão’. O povo não chorou no ‘canto de lamento’ e nem regojizou no ‘tocar da flauta’.
Veja: Quem foi João Batista?
O comportamento da multidão nos traz a memória a geração de Israel que ficou no deserto por 40 anos. Mesmo com o comprometimento de Moisés, aquela geração não entrou na Terra Prometida devido a sua rebeldia (Números 14:32-34).
O que a parábola dos meninos na praça nos ensina?
A parábola nos ensina o quão prejudicial é uma vida de reclamação: “Quando está sol, reclama-se do sol. Quando está chovendo, reclama-se da chuva.” Devemos ser gratos a Deus faça chuva ou faça sol. Haverão momentos de choro, momentos de alegria e devemos dar a cada momento o seu valor, pois em tudo há um propósito (Eclesiastes 3:1).
Saiba mais: O que é uma parábola?
Está parábola nos alerta o quanto devemos estar atentos com as coisas de Deus. Quando apenas reclamamos, deixamos de reconhecer o que Deus tem feito. Ao olharmos apenas para as aparências, podemos nos afastar do favor de Deus e cometer erros. Através da Bíblia podemos aprender com essas situações e avançarmos em graça (2 Timóteo 3:16).